domingo, 27 de abril de 2008

Uma Noite


Tocas no rosto enquanto o ar não sai

Inspiro sem medo do acto que te vem

Envolvo os pés com as mãos

Do toque nasce a nossa ilusão


Desenhas os risos de um novo medo

Que o peito demonstra sem qualquer sossego

Faz tempo que a culpa se foi

Ficámos de pensar só depois

Do erro.


Já pouco nos resta fechar os olhos

Escondemos actos sem qualquer receio ou angústia

Que nos prende a vontade de sentir

O corpo com prazer


Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor

Enquanto buscas o ar pela boca

Passeias o teu cheiro no meu corpo

Por entre os braços misturo tudo

Após o prazer ficaremos mudos

Sem saber

Que é por uma noite


Grito o teu nome sem saber

Como será o amanhã

Foi um sonho real

Por uma noite

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